sexta-feira, 26 de julho de 2013

O que comprar quando se está esperando? Ou do consumismo gravídico.



A princesa Kate vai usar um cestinho pro príncipe dormir!
Não é fantástico? Eu adorei e aplaudo a ideia dela.
Impossível não escrever sobre esse assunto vendo uma imagem dessas. No mundo da atualidade onde nos vemos bombardeadas de listas de todo tipo, fica difícil escapar das tão famosas listas de "necessidades" para a chegada dos bebês. Até que ponto devemos cair na armadilha da mídia consumista de que é extremamente indispensável esse ou aquele acessório para a chegada do bebê? Nossas mães e avós geralmente íam juntando coisas que ganhavam de primas e amigas, desde roupinhas usadas por outros bebês da família até bercinhos reformados e pintados para a chegada do novo membro do clã.
Me pergunto desde que momento decidimos que isso não seria mais válido e que o certo era nos cercarmos de um trilhão de coisas para que o bebê chegasse bem a esse mundão de meu deus?

Quando estava grávida do Francisco caí nessa mesma tentação de acumular um monte de coisas que nos fazem acreditar que serão necessárias e que depois acabamos por perceber serem totalmente dispensáveis nesse primeiro momento. Francisco tinha berço, quartinho e tudo o mais mas dormiu até os 4 meses no carrinho ao lado da minha cama para facilitar a amamentação e para que eu pudesse estar perto dele. Me julguem as mães que acham que o bebê deve dormir no próprio quarto desde que nasce. Mas eu sinceramente achei a logística muito mais complicada, com a amamentação noturna e o frio que fez no ano que ele nasceu era humanamente impossível levantar a cada duas horas para amamentar. Então a minha saída foi preparar o carrinho para que ele ficasse ao meu lado e ao alcance das minhas mãos (pena que na época não tive a mesma ideia da princesa!). Acordava, alcançava o bebê e em pouco tempo ele já estava no colo sendo amamentado e protegido. Também chegou a dormir em cama compartilhada comigo e o pai algumas vezes (me matem!).

Não acho que isso afetou a independência dele e nem tampouco me atrapalhou, ao contrário, pude estar mais perto e dormir tranquila por saber que ele estava ao meu lado e eu podia ouvi-lo respirar.
Hoje vejo muita grávida preocupada com o quarto lindo e todo projetado para o bebê, com o enxoval carésimo que ela mandou fazer, o protetor de berço e todos esses trecos que nos fazem acreditar que são essenciais. Sem contar nas famosas listas de maternidade sobre o que levar ou não na mala para o parto. O que posso dizer é que metade do que dizem ser extremamente necessário você jamais usará ou usará muito pouco para compensar investir.

Na época preparei uma mala gigantesca para o bebê, com conjuntos de roupinhas separadas em saquinhos, um pacotão de fraldas e coisas assim. Não usei nem um terço do que levei. O bom foi que pude ajudar uma mamãe que não tinha nada para o bebê, doando na maternidade o tal pacotão de fraldas e algumas das roupas que eu havia separado.

Mas então nos deparamos com a pergunta: O que comprar quando se está esperando?

Na dúvida, gaste o mínimo e compre coisas funcionais e indispensáveis.

Pensando em ajudar outras mamães perdidas, elaborei alguns tópicos com o que usei e foi muito importante. Sugiro que você elabore a sua própria lista, com suas prioridades e de acordo com seu orçamento. Essa lista é só uma ajuda para que você possa se basear.

- Roupas:
A questão das roupas é complicado. Tente não entrar em lojas de departamentos para bebês porque você não vai resistir à tentação e vai acabar comprando coisas que seu filho não vai usar. Não compre milhões de roupas para recém-nascidos. Lembre-se que você não sabe que tamanho terá seu bebê e pode acontecer dele ser enorme e nem usar essas roupas. O melhor é investir em boas roupas em tamanho um pouco maior (pode dobrar as manguinhas no começo sem problemas). Tip-tops, bodys e calças são artigos indispensáveis, principalmente para bebês do sul. Os bodys são melhores do que camisetinhas pois fecham embaixo e ajudam a segurar a fraldinha. Além de práticos não embolam nos bebês. Prefira os que tenham abertura no pescoço com fechos, é extremamente complicado vestir o bebê (a maioria deles detesta trocar de roupa). Meias e luvinhas são essenciais, esse último item é indispensável que vá para a maternidade pois os bebês geralmente nascem com unhas compridas e sempre se machucam.
Esqueça os sapatos duros, com solados e coisas do tipo. Bebês não andam! Se você quer deixar seu bebê estiloso prefira sapatinhos maleáveis. Geralmente os sapatinhos nem param nos pés minúsculos.

- Fraldas:
NÃO FAÇA ESTOQUE DE FRALDA.
Acho que nesse tópico praticamente todas as grávidas de primeira viagem erram como eu errei. Achamos uma bela promoção de fralda e já vamos comprando caixas e mais caixas. Eu fiz isso e fiquei com um estoque incrível de fraldas que o Francisco não podia usar porque era alérgico. Resultado: gasto em dobro pois tive que comprar mais fraldas e passei adiante as que eu tinha comprado. A regra então é: compre o básico para o primeiro mês: um ou dois pacotes de RN, algumas fraldas P e M de várias marcas e aguarde o bebê nascer para comprar mais.

- Utensílios para amamentação:
Besteira. Não gaste com esse tipo de material no começo. Se sentir necessidade depois que o bebê nascer invista em alguns itens, mas no princípio acho totalmente dispensável ter esterilizadores de mamadeira e coisas do tipo. Eu amamentei exclusivamente no peito até os 6 meses e não usei nada para amamentação. Veja a real necessidade assim que seu filho nascer e daí sim invista.

- Móveis:
Claro que queremos um quarto lindo para o novo herdeiro, com tudo novo, decoração que vimos nas revistas e coisas do tipo. Mas será realmente necessário no primeiro momento? Eu acho que não. Como disse investi em berço, decoração, kit de berço, móbiles, carrinho, etc. e praticamente não usei nada. Cada um pode realmente quantificar o que dá ou não para comprar mas avalie bem antes de ir montando um quarto de cinema para seu filhote. Acho necessário comprar um bom bebê conforto para que ele possa andar no carro em segurança, uma banheira com trocador (pois facilita bastante o banho), um carrinho confortável para os passeios e para usar como berço como eu usei nos primeiros meses. Essa é uma questão bem pessoal, cada um deve avaliar e ver a real necessidade. Mas cuidado para não se empolgar porque você ainda terá muito gasto com a chegada do bebê.

O mais importante é não cair na tentação de ir comprando tudo o que dizem ser necessário ou que você viu na revista. Avalie bem para não gastar com o que não vai usar.
O que os bebês realmente precisam é de seu amor, colo e proteção. O restante é só complemento.

Nessa história eu tô com a princesa... menos é mais! Bora investir num cestinho! :p

Espero ter ajudado!
bjinhos,

Ale
;o)
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