Na cabeça de toda mãe sempre tem um grande ponto de interrogação.
Tô certa?
Parece que desde o momento que recebemos a confirmação de que seremos mães começamos a nos culpar por tudo e nos invade um sem fim de dúvidas e questionamentos sobre os mais diversos assuntos:
- Será que vou ser uma boa mãe?
- Será que eu vou acertar trocar fralda, dar banho, amamentar, etc?
- Será que se eu comer essa coxinha meu filho vai nascer com problemas?
Essas e outras perguntas já passaram pela sua angustiada e culposa cabeça de mãe, né? Garanto que sim. Todas nós, em determinado momento da maternidade, tivemos um sem fim de dúvidas e medos de estarmos sendo péssimas mães.
Corremos aos manuais de como ser uma mãe excelente e isso ao invés de ajudar, piora tudo. De acordo com eles somos realmente péssimas pois não fervemos as chupetas todas as vezes que elas caem no chão, ou não trocamos o bebê assim que ele faz xixi (juro que pra mim era muito difícil perceber o exato momento em que ele fazia xixi e várias vezes o deixei com a fralda cheia - #prontofalei).
Como toda boa mãe que se preze, nascemos com uma culpa do tamanho do mundo! Se você não se encaixa nesse perfil, parabéns! Você deve ser praticamente a única da sua espécie! hehe
Esse papo todo é só pra constatar que ultimamente ando me sentindo a pior das mães. Parece que ando errando mais do que acertando, em diversos aspectos. Tudo o que leio, em todo lugar, parece que é o exato oposto do que eu tô fazendo. E minha eterna culpa materna cai com uma tonelada nas minhas costas.
Confesso que tem dias que é muito difícil me dedicar. Cansa estar disponível para as brincadeiras, pra desenhar, pra contar historinhas infinitas vezes. Simplesmente cansa. Podem me julgar, mas a verdade é que tem vezes que eu quero mais é ficar quietinha no meu canto. Só que depois, eu olho para o Francisco e me sinto a pior das mães. Fico imaginando que todas as mães dos seus coleguinhas estão lá sentadas no chão brincando de carrinho enquanto eu só quero ficar quieta vendo um filme na tv ou lendo meu livro.
Ontem eu estava tentando ver um filme e ele tagarelando do meu lado como sempre faz. E me perguntando mil coisas, mas eu só queria ficar em silêncio. Ele dormiu e eu me senti culpada de não ter dado a atenção devida, de ter-lhe dito que queria um pouco de silêncio. Eu nem acho que ele se importou tanto assim, mas o fato é que a minha culpa veio assim que ele capotou. Que coisa complicada isso né?
Eu sei que tenho mais acertos que erros, mas é difícil não me culpar ainda pelo que erro.
É difícil acertar sempre, em vários momentos vamos errar mesmo tentando fazer o certo afinal somos humanas e cheias de defeitos. E filho não vem com manual de instruções, a gente vai aprendendo errando mesmo.
O lance é aprender com os erros e tentar não errar de novo. Culpar-se não vai mudar nada.
E você, também se culpa por tudo? Ou consegue ser mais relax quando o assunto é criação de filho?
Que tal compartilhar sua experiência comigo?
Esse espaço é nosso para falarmos o que sentimos e temos vontade. Adoro quando vocês participam, comentam, discordam de mim! O blog foi feito para isso, conversarmos sobre esse nosso universo materno tão complexo e ao mesmo tempo tão fascinante!
bjinhos,
Ale
;o)
Um comentário:
Oi Ale!
Meu filho tem 1 aninho, e tudo que tenho sentido ultimamente se resume á culpa.
Comecei a fazer meu Mestrado grávida, e agora estou na reta final, com mil atividades e ainda a dissertação para fazer.
Sinto muita culpa por ter de deixá-lo com as avós, mesmo sabendo que está super bem-cuidado.
No fim das contas acho que estou tentando me acostumar com a sensação, porque a culpa já se tornou uma companheira de todos os dias.
Boa sorte para nós!
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